Da vida...

Não quero mais me assustar ou amedrontar com as idas e vindas da tal felicidade. Não ouso mais quere-la. Talvez contempla-la ao longe seja menos proibido, menos doido.
Não quero mais ter sonhos coloridos, ao amanhecer eles se tornam cinzas!
Não vislumbro mais com palavras bonitas... é mais fácil se emocionar com as cenas das novelas, lá tudo termina bem.

Castelos? Todos que tentei construir ruíram, talvez eu não tenha usado o “material” adequado, não sei.
Sempre gostei dos trovões, mas nunca das tempestades, tinha medo! Mas meus medos nunca foram muralha para as gigantescas ondas.
Na verdade não sei se sinto falta desse tempo onde tudo parecia belo visto aos meus olhos, óbvio!
Hoje cada dia é uma batalha que tenho que superar, uma espera que parece interminável, uma realidade nua e crua que me surpreendeu e me deixou sem chão. Dizem que são designos de Deus, ou merecimentos, ou mesmo porque eu tenha que me redimir pelo que fiz em outra vida, não sei se acredito ou mesmo se quero acreditar nisso.

Só sei que as coisas em que eu acreditava sumiram dentro de mim, é como se uma parte de mim morresse e a que ficou eu desconheço.
Como um cão sem dono... amanhã será apenas mais um dia!